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SAÚDE PÚBLICA É O TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE ESTE ANO


24.02.2012

Com o tema Fraternidade e Saúde Pública, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a 49ª Campanha da Fraternidade, que pretende sensibilizar os fiéis sobre a situação das pessoas que enfrentam longas filas de atendimento e falta de vagas em hospitais públicos do país. Para o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, não é exagero dizer que a saúde pública no país não vai bem.

De acordo com ele, é preocupante a decisão do governo de cortar cerca de R$ 5 bilhões da área de saúde. “Os problemas verificados na área da saúde são reflexo do contexto mais amplo de nossa economia de mercado, que não tem, muitas vezes, como horizonte, os valores ético-morais e sociais”.

No texto-base da campanha, a CNBB expõe as grandes preocupações da Igreja com relação à saúde pública, como a humanização do atendimento aos pacientes e o financiamento da saúde pública, classificado pela confederação, como “problemático e insuficiente”. A entidade critica ainda a escassez de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O texto da campanha compara os gastos da saúde no Brasil com o de alguns países em que 70% do que é dispendido na área vêm do governo e 30%, do contribuinte. Já no Brasil, em 2009, o governo foi o responsável por 47% (R$ 127 bilhões) dos recursos aplicados na saúde, enquanto as famílias gastaram 53% (R$ 143 bilhões).

No entanto, segundo dom Leonardo, a Igreja reconhece também alguns avanços na área, como a redução da mortalidade infantil, a erradicação de algumas doenças infecto-parasitárias e o aumento da eficiência da vacinação e do tratamento da aids. “São significativos os avanços verificados nas últimas décadas na área da saúde pública”.

De acordo com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, que participou do evento, este ano a saúde terá orçamento 17% maior que em 2011, R$ 72 bilhões. “O aumento de R$ 13 bilhões é o maior aumento nominal que já existiu de recursos para a saúde de um ano para o outro, desde o ano 2000. O meu papel como ministro não é ficar esperando os recursos virem, mas, sobretudo, fazer mais com o que temos”.

Segundo ele, o debate sobre o financiamento da saúde continua e será mais amplo com o apoio da campanha da fraternidade. O ministro disse ainda que o contingenciamento de R$ 5 bilhões, com o corte do Orçamento anunciado pelo governo na semana passada, não afetará nenhum programa da pasta. “Tudo o que estava programado pelo Ministério da Saúde e foi encaminhado para o Congresso Nacional está absolutamente mantido”.

Segundo o membro do Conselho Nacional de Saúde Clóvis Boufleur, a campanha da fraternidade pretende efetivar a participação de conselhos estaduais e municipais de saúde. Entre os temas que serão debatidos nos conselhos, está a violência, a obesidade e a gravidez na adolescência. “A violência dentro de casa se transformou em um problema de saúde. A partir dos 4 anos de idade, os acidentes e a violência são as principais causas de mortes de crianças e jovens”.

ENQUETE
Realizada pelo jornal O POVO em 18/02/2012 a enquete ouviu representantes da saúde com a questão: Quais as contribuições da Campanha da Fraternidade de 2012?

A Presidente do Conselho Regional de Enfermagem no Ceará, Celiane Maria Lopes Muniz destacou:

O tema escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Campanha deste ano: “Fraternidade e saúde pública” vem ao encontro dos anseios dos profissionais da saúde. Entendemos que as discussões possam ir além das questões humanitárias, elevando a conscientização sobre o papel dos profissionais da saúde e a sobrecarga de trabalho a que são submetidos. Essencialmente, todos nós devemos exercer nossas funções com responsabilidade e equilíbrio emocional. O passo fundamental para isso é o respeito entre as partes. Nós, profissionais da Enfermagem que atuamos na linha de frente, lidando diretamente com os pacientes, somos às vezes incompreendidos, devido à crescente demanda no atendimento e frágil estrutura que o governo oferece. Ansiamos que as relações fraternas sejam lineares e façam uma ponte entre os que assistem e os que são assistidos na saúde pública.

 

 

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