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DEPUTADA ROSANE FERREIRA DESTACA A ENFERMAGEM BRASILEIRA


23.08.2011

CÂMARA DOS DEPUTADOS – DETAQ

 
Sessão: 200.1.54.O Hora: 15:34 Fase: PE
Orador: ROSANE FERREIRA, PV-PR Data: 10/08/2011

A SRA. ROSANE FERREIRA (PV-PR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, participei nesta segunda-feira, 8 de agosto, da solenidade de abertura do 14º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem – CBCENF, que está sendo realizado em Pinhais, cidade da Região Metropolitana de Curitiba, até o próximo dia 11. Com mais de 7 mil inscritos, o CBCENF é o maior evento da Enfermagem na América Latina.

Realizado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Paraná e pelo Conselho Federal de Enfermagem, o congresso contou com a presença de diversas autoridades: as Deputadas Carmen Zanotto (PPS-SC) e Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), os Deputados Rogério Carvalho (PT-SE) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Também estiveram presentes os Prefeitos de Pinhais, Luis Alves, de Curitiba, Luciano Ducci, e o Secretário Estadual de Saúde, Michele Caputo Neto.

Foi uma emoção e um privilégio participar da solenidade de abertura, principalmente pelo evento estar sediado em Curitiba, onde, em 1983, iniciei meus estudos de Enfermagem. Em meu discurso, pontuei algumas questões importantes sobre a profissão e sobre a saúde no Brasil.

Desde a implantação do SUS em 1988, os números anuais da execução de serviços de saúde apresentados pelo CONASS são impressionantes: 12 milhões de internações hospitalares, mais de 1 bilhão de procedimentos em atenção primária, 2 milhões de partos, 140 milhões de doses de vacina, mais de 15 mil transplantes de órgãos, entre outros dados.

De 1988 para cá, o Brasil obteve grandes avanços na área da saúde, e muitos deles foram conquistados pelo trabalho da Enfermagem.

Torno a dizer o que já falei nesta Casa outras vezes: a Enfermagem é a base de sustentação do Sistema Único de Saúde. Retirem todos os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem do cenário da saúde e o SUS acaba.

Em muitos lugares, a enfermagem representa 70%, 80% da mão de obra da saúde. Por essa relevância, precisamos lutar para valorizar esses profissionais, fazer com que as pessoas trabalhem em harmonia, com saúde física e mental, e, consequentemente, prestem um atendimento de qualidade.

Portanto, é fundamental a implantação da jornada de 30 horas semanais. Pode até parecer que a redução da jornada elevará o custo para o sistema. Mas esse custo deve ser visto como investimento e será compensado pelo aumento da produtividade e pela melhora da qualidade dos serviços. Não tenho dúvida disso!
Ano passado, ao visitar o Paraná para conhecer o trabalho do COREN, vi o anseio da categoria por essas conquistas. Por onde passava, a palavra de ordem era “30 horas”.

E quando cheguei a esta Câmara Federal pensei: por onde começar? Cheguei à conclusão, após constatar que 45% da Câmara havia sido renovada, de que era necessário recolocar a Enfermagem na agenda política do Congresso Nacional. Só assim mostraria que 1,5 milhão de profissionais não são apenas um número, mas vozes ativas em busca de um ideal comum. São pessoas que decidem, que trabalham, que fazem a saúde em nosso País.

Logo no início, protocolei requerimento de inclusão em pauta do PL das 30 horas, há 11 anos aqui tramitando. Em seguida, dialoguei com Líderes partidários, com a bancada feminina e todos se engajaram nessa luta.

Com a Deputada Carmen Zanotto, também enfermeira, participei de seminários, reuniões e audiências para discutir o rumo da Enfermagem e dos profissionais da saúde. Com essa motivação, propus a realização de sessão solene em homenagem à Semana da Enfermagem, não apenas para valorização, mas também para trazer à tona as reivindicações da categoria. Nesse dia, vários Deputados manifestaram-se a favor de todas elas.

E tenham certeza, Sras. e Srs. Deputados, que não irei descansar enquanto não tivermos o projeto das 30 horas incluído na pauta de votação desta Casa.

Porém, tão importante quanto valorizar a Enfermagem é conquistar mais investimentos para a saúde. E a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, uma das nossas lutas, a qual deixa bem claro o que são gastos com saúde, deve ser votada pela Câmara ainda neste semestre.

Mas de nada valerá esse empenho se não mantivermos vivo o compromisso da Enfermagem: cuidar das pessoas em sua totalidade.

Muitos pensam que a Enfermagem é dom. Alguns a entendem como técnica. Para mim, a Enfermagem é a união do cuidado humanizado com a ciência, a fim de levar conforto e proteção àqueles que necessitam. Por isso, é especial e faz a diferença.

Para finalizar, Sras. e Srs. Deputados, quero lembrar que o slogan do COFEN na luta pelas 30 horas deixa bem claro como a Enfermagem deve se comportar daqui para a frente: “Juntos somos muitos e muito podemos”.

Nós, profissionais de enfermagem, somos cidadãs e cidadãos que devem pensar a política como a ferramenta para melhorar a vida em sociedade.

Peço que o presente pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigada.

 

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