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CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM INVESTIGA MORTE DE IDOSA NO CEARÁ


07.05.2012

O Conselho Regional de Enfermagem abriu nesta sexta-feira (4) uma investigação para saber se houve erro no tratamento que causou a morte de uma paciente de 76 anos no Hospital de Messejana em Fortaleza. O filho, que acompanhava a mãe no quarto do hospital, admitiu que ele mesmo aplicou a medicação. Mas disse que o fez sob orientação de enfermeiros. A mulher foi enterrada nesta sexta.

O vendedor ambulante, Valderi batista, de 42 anos, ficou durante seis dias ao lado da mãe, Francisca Batista, no Hospital em Messejana. Na última quarta-feira (2), por um descuido, Valderi acabou injetando a alimentação da mãe na veia ao invés da sonda. Em poucos minutos, a idosa morreu. “Eu fui dar. Só que ela estava com a sonda e a medicação era para ser ligada na sonda”, disse Valderi.
 

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Valderi diz ter feito um procedimento que é de responsabilidade do setor de enfermagem realizar. “Lá tem as enfermeiras. A primeira enfermeira, quando atendeu a gente, ela ensinou como eu deveria fazer”, afirmou o filho.

A versão De Valderi, de que teria sido orientado pela própria enfermeira a aplicar a alimentação e medicamentos, foi contestada pela direção do hospital. “O que a auxiliar me disse é que deixou muito claro para ele que ela iria fazer o procedimento. E quando chegou, quando ela se virou porque a tinham chamado, ele já havia injetado e ela rapidamente fez a troca”, disse a diretora médica do Hospital de Messejana, Filadélfia Passos.

Diante da denúncia feita pela família da vítima, a diretora diz que o hospital vai abrir uma sindicância interna para apurar o caso, depois que sair o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML). O laudo vai atestar se a paciente morreu por consequência do procedimento errado ou da própria doença que a paciente tinha.

Conselho de Enfermagem
O Conselho Regional de Enfermagem já abriu um processo ético disciplinar para apurar se houve ou não imperícia, imprudência ou negligência por parte da auxiliar de enfermagem. “Se houver indícios de culpa ou não, nós chamamos os profissionais, os gestores, os envolvidos. E aí, é julgar. Tem as penalidades que são impostas aos profissionais”, disse a presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Celiane Muniz. As penalidades variam entre multa, advertência verbal, advertência por escrito ou muitas vezes até a suspensão do exercício profissional, explica Celiane.

O Hospital de Messejana registrou boletim de ocorrência para comunicar a morte da paciente, no 6º Distrito Policial. O delegado informou que só vai abrir inquérito caso o laudo oficial informe sobre erro no atendimento.

‘Troca fatal’
A troca feita, acidentalmente, por Valderi foi fatal. Segundo médico Eduílton Girão, do Conselho Regional de Medicina, são raros os casos em que é possível reverter o quadro. “O alimento, quando é inserido diretamente na corrente sanguínea, produz entupimento, chamado embolia das artérias, principalmente das artérias pulmonares, que são as artérias que permitem a oxigenação do sangue”, explicou o médico. De acordo com ele, o procedimento leva a uma perda súbita da oxigenação e uma parada brusca e acentuada do funcionamento do organismo.

para ver a matéria da TV Verdes Mares, clique AQUI

Fonte: G1 Ceará

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