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NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS ENFERMEIROS E ODONTÓLOGOS


02.07.2011

As Entidades de Enfermagem abaixo relacionadas solidarizam-se com os colegas Enfermeiros e Odontólogos da Estratégia Saúde da Família de Fortaleza que, desde o dia 17/03/2011, vem sofrendo a angústia e a humilhação de não conseguir serem ouvidos pela Prefeita Municipal de Fortaleza que, de forma arbitrária e truculenta, não abre espaço para nenhum tipo de negociação.

Sabe-se que estes profissionais são imprescindíveis aos serviços de saúde, cujos processos de trabalho contribuem decisivamente para a melhoria do perfil epidemiológico e das condições de vida e saúde da população.

São pais e mães de família que, além do salário indigno e insuficiente à sua sobrevivência, trabalham em péssimas condições nas Unidades de Saúde Municipais, evidenciando descaso explícito por parte da Prefeitura.

São profissionais compromissados com as Políticas de Saúde e com um modelo assistencial que preconiza a lógica de equipe mas que, na verdade, vem reforçando uma política salarial injusta e divisionista entre as categorias.

Onde está a sensibilidade da Sra. Prefeita? Onde está o respeito a estes profissionais, perseguidos e ameaçados por representantes da mesma? Onde está a tão propalada valorização do servidor, prometida nas campanhas eleitorais? Nos entristece e revolta, a manipulação e o uso do poder formal para amedrontar, inibir e coagir, não um grupo de marginais, mas sim de profissionais concursados que estão usando o seu direito de reivindicar, de explicitar a sua insatisfação diante da realidade que lhes está sendo imposta.

Profissionais mal pagos, injustiçados, sem condições de manterem-se atualizados (eventos científicos, cursos e livros custam dinheiro) e exercendo suas respectivas profissões em ambientes insalubres, sujos e sem os materiais e equipamentos necessários.

É esta a qualidade dos serviços de saúde que a Sra. Prefeita vem oferecendo àqueles que nela confiaram? São 92 Unidades Básicas de Saúde (UBASF) que cobrem apenas um terço da necessidade real do Município de Fortaleza, e funcionando nestas condições, o que contribui para um desempenho incipiente, comprovado pela demanda crescente à Rede Hospitalar, também penalizada pelo não repasse (obrigatório) dos recursos contratualizados, oriundos do Ministério da Saúde, por parte da Prefeitura.

Estamos esperando ações e intenções deveras prioritárias para a área da saúde, e não somente inflamados (porém vazios) discursos de palanque ou entrevistas nos meios de comunicação. Afinal, tratar trabalhadores de áreas essenciais com descaso e opressão não torna Fortaleza mais tão bela assim!

Fortaleza, 20 de junho de 2011.

Coren/CE         ABEn / CE         SENECE          

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